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FAZER TRATAMENTO HORMONAL DE SUBSTITUIÇÃO
Pode dizer-se que toda a
mulher climatérica é candidata ao tratamento hormonal de substituição e deve
sempre instituir-se desde que os benefícios sejam superiores aos possíveis
riscos e desde que a mulher apresente sintomas de carência estrogénica, deve
ser personalizada e feita de acordo com o seu perfil e factores de risco que
possa apresentar. Um dos seus benefícios é a melhoria da sua qualidade de vida.
Actualmente não dispomos
de critérios seguros que possam predizer em cada caso, que a mulher depois da
menopausa vai desenvolver sintomatologia severa dessa carência. Porém, sabemos
que a THS deve fazer-se obrigatoriamente:
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na menopausa precoce e cirúrgica;
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nos sintomas climatéricos intensos e prolongados;
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na prevenção da perda óssea e diminuição do
risco de fracturas;
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prevenção de alterações orais, especialmente
xerostomia e edentação;
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correcção e prevenção de alterações oculares ( secura
dos olhos, diminuição da tensão ocular e prevenção das cataratas).
Se as manifestações
clínicas da pós-menopausa e as suas complicações, são da responsabilidade da
carência estrogénica, é lógico que a terapêutica correcta seja a administração
de estrogéneos ou produtos com acção estrogénica. Este tratamento será sempre
uma terapêutica de substituição, o que equivale a dizer que as posologias
utilizadas devem sempre simular as secreções basais dos ovários funcionantes.
Outros tratamentos, como o
Raloxifeno (Estalis) podem também prevenir as compilações graves da pós-menopausa
quer ósseas quer cardiovasculares.